O fenômeno costuma ser citado para mostrar como o distanciamento financeiro entre Real Madrid e Barcelona e os demais afetou o equilíbrio técnico da Liga Espanhola.
Não existe um consenso, mas, entre os dirigentes, o receio é de que o cenário se repita no país. Ao mesmo tempo em que se mostram temerosos, eles confessam que não será possível mudar o panorama em virtude dos contratos firmados pelos principais times com a Globo e adiantamentos realizados com a emissora.
Ainda assim, uma alternativa para tentar alterar isso tem sido o Governo.
As novas cotas de R$ 170 milhões da dupla não incluem o pay-per-view, modalidade em que eles também são os que mais faturam.
“Resumidamente, não pode ter uma competição em que um clube ganhe R$ 28 milhões e outro R$ 180 milhões. Fica inviável esse campeonato. Os ingleses fazem muito bem com uma divisão de 50%, 25% e outros 25%. Então, há uma preocupação dentro do Ministério do Esporte para ficar de olho nessa situação”, completou.
O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, nega qualquer interesse em ver os adversários com times fracos.
A divulgação recente dos balanços financeiros dos clubes mostrou que o Cruzeiro é uma exceção no meio. Segundo os números apresentados pela diretoria celeste, a equipe foi a única a conseguir superar as receitas de cotas de direitos de transmissão com a arrecadação de bilheteria, sócio-torcedor e premiações. Enquanto a TV pagou cerca de R$ 60 milhões, o time conseguiu aproximadamente R$ 63 milhões com os outros itens.
Fonte: ESPN.com.br
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