E o Vasco segue sua saga de pagar o preço salgado pela sua covardia. Pois essa, infelizmente, é a palavra que mais bem define o Vasco no qual nos acostumamos a ver nos últimos tempos. Covardia. Seja ela no campo ou fora dele.
No último domingo, o que vimos no segundo tempo, em especial, foi isso, aliado à incapacidade de um técnico em enxergar o óbvio. Definitivamente, o estilo ousado e com sede de vitória não combina com o perfil do treinador Adílson Batista. Se ao final do ano passado, nas últimas sete rodadas daquele fatídico certame do bi-rebaixamento, qualquer dose de covardia poderia ser plenamente justificada com o plantel que tinha em mãos, para esse atual não há argumentação que me faça absolvê-lo de sua responsabilidade.
Adílson é reflexo do pensamento mesquinho que predomina no Vasco sob a gestão de Roberto e seus pares que levaram o clube duas vezes para a segunda divisão. Escala o time de forma covarde, e mantém sua postura assim, mesmo em suas tímidas alterações, isso quando resolve mexer, tal como foi no último prélio. Sacou do jogo o melhor jogador disparado do time naquele clássico – Éverton Costa – e deixou os dois meias ofensivos cansados e que nada produziram de bom no segundo tempo arrastando-se até o final do jogo. Mesmo tomando o gol de empate e sabedor de que o resultado seria muito melhor para o adversário, manteve sua postura acuada, levando pressão do Fluminense, e só não saímos com a derrota porque o goleiro era o Silva, mas com nome de Martín em sua frente. Se fosse o outro Silva precedido pelo nome Diogo…
Nesse momento, vale a reflexão: quem ousa a dizer, depois do último domingo, o mesmo que fomos obrigados a ouvir e a ler pelas redes sociais há quase um mês? Entre outras coisas, que Martín não era esse goleiro todo! Para quem ainda não se convenceu com o uruguaio, deve ser porque a síndrome de tanto goleiro ruim que passou por nossa meta na era pós-Fábio ainda não nos deixa enxergar que, enfim, encontramos um goleiro. Excetuando a Prass, é claro, a quem não tenho do que me queixar, senão sua dificuldade em defender pênaltis, mas que ainda assim, sua simples presença em 2013 poderia ter nos evitado muitos vexames que presenciamos…
Enfim, pagamos o preço e agora, tudo nos leva a crer que nosso caminho será mesmo o Fluminense com a desvantagem de dois empates nas semifinais. Se a camisa do Vasco perante o Flu é capaz de ganhar a classificação, por outro lado o medo de vencer tal como domingo pode nos tirar essa vaga que “o destino” pode nos reservar. Mas para a final provavelmente contra o Flamengo, o recado é claro: ou muda-se a postura covarde e “cai dentro” do arquirrival, ou amargamos o sétimo vice-campeonato nas últimas sete disputas diretas contra o clube da Gávea.
Montoya
Chega a ser ultrajante a colocação de Montoya em campo já aos 44 minutos do segundo tempo. O que pretendia nosso “sábio” treinador com isso: queimar Montoya? Ou achar que ele iria provar ser o “superjogador” que alguns pensam que seja e, com isso, resolveria o jogo em menos de quatro minutos em campo? Ou ainda, nos dar 100% de certeza de que ele (Adílson) não sabe realizar a leitura de um jogo, tal como deveria ser?
Com técnicos com leitura de jogo parecida com Adílson a pairar pelo Vasco, Montoya poderá ser, em breve, mais um “Conca”, que chegou ao Vasco, sucumbiu à mediocridade dos treinadores que lá passaram, teve poucas chances e saiu para ser ídolo do rival tricolor. Com o agravante de Conca chegar a ser reserva de Perdigão no Vasco, quando na era Celso Roth, em 2007!
Que pelo menos se Montoya for esse “mago” tal como Conca é considerado hoje (guardando-se, claro, as devidas proporções), ele vá brilhar bem longe do Rio de Janeiro, para que mais essa “dor de corno” seja, ao menos, minimizada para nós!
Mais uma vez
A imagem que segue abaixo é do gol anulado marcado por André contra o Botafogo, no clássico em que terminou com a vitória do Botafogo por 3 vs 2, em 04 de agosto do Campeonato Brasileiro do ano passado, capturada no exato instante em que Juninho lança para a cabeçada do ex-centroavante vascaíno.
Independentemente do julgamento, uma constatação: o auxiliar estava mal posicionado para ter tamanha precisão de supostos centímetros à frente do último defensor do Botafogo. Daí vale a reflexão: o Vasco já teve casos parecidos de supostos lances de impedimento nos últimos anos, mas TODOS foram validados (é só pesquisar). Será que ele levantaria a bandeira se o gol fosse do Botafogo?
No último domingo, lance semelhante ocorreu contra o Vasco. E mesmo com a clara constatação de que o auxiliar estava mais bem posicionado do que o lance do gol anulado de André (o que dá plena convicção para confirmar a posição irregular do atacante tricolor), ainda assim o gol foi validado. Será que o mesmo auxiliar que o validou assim faria, também, se fosse em favor do Vasco?
Entre os dois lances citados, em qual deles a evidência de impedimento é maior? E no caso do primeiro, como o auxiliar teve tanta convicção da suposta irregularidade mesmo estando fora de sua posição adequada?
O debate está aberto! Tirem suas conclusões!
Ao lado do amigo, contra o Vasco
Eurico Miranda, ex-Presidente, atual Presidente do Conselho de Beneméritos e potencial candidato para presidir ao Vasco novamente no triênio 2014-2017, concede um discurso inflamado em apoio à reeleição do Presidente Rubens Lopes para a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, para a gestão 2014-2018. Com direito à desvalorização dos que se opunham à reeleição de seu amigo, entre eles, o próprio Vasco, e à homenagem ao próprio Presidente, segundo reportagem publicada no dia seguinte ao pleito.
“Logo após a abertura da sessão, Eurico tomou a palavra para desvalorizar a posição do trio de grandes e reforçar o apoio a Rubens Lopes”.
“- Quero dizer que esse filme eu já vi. O patinho feio é sempre o campeonato do Rio. Não interessa se estamos em ano atípico, mas o que interessa é o processo de desmoralização do futebol do Rio. Mas eu digo: o futebol do Rio não são os quatro grandes, é isso o que eu estou vendo aqui. Pelo fortalecimento da nossa base, pelo trabalho desenvolvido pelo Rubens Lopes, eu tenho que, aqui, prestar uma homenagem a ele – afirmou Eurico aos presentes, sendo aplaudido em seguida” – disse Eurico Miranda. (Fonte: http://www.lancenet.com.br/minuto/Eurico-Rubens-Lopes-reeleito-Ferj_0_1099690077.html ).
Rubens Lopes é Presidente da FFERJ desde 2006, tem como seu braço-direito o ex-Presidente vascaíno, que atua segundo o próprio como representante não-oficial dos clubes de menor investimento filiados à federação carioca. Vale lembrar que, em 2008, Rubens Lopes escolheu o ex-árbitro Jorge Rabello para ocupar o posto de Presidente dos árbitros de futebol do estado. Desde então, o Vasco – clube no qual Eurico, seu par político, preside um conselho – é severamente prejudicado pela arbitragem, sem que o mesmo Eurico se manifeste, cabendo-lhe a posição passiva a cada novo “erro”. Tal conforme foi passivo e inoperante para ajudar na defesa do Vasco quando na PÉSSIMA defesa executada pela advogada filha de seu amigo Rubinho, Dra. Luciana Lopes, no julgamento do pleno em dezembro do ano passado, quando a decisão de campo do lamentável episódio de Joinville foi mantida.
Em síntese, dos seis campeonatos disputados sem Eurico como Presidente vascaíno, o Vasco não ganhou um sequer, já somando-se ao presente que, provavelmente, também não será campeão. O vídeo abaixo mostra a compilação de muitos desses “erros”, seja em partidas pelo campeonato carioca, em partidas envolvendo árbitros da FFERJ ou pelo próprio campeonato brasileiro.
“Erros de arbitragem contra o Vasco” (Fonte: [youtube 1bgJIdR36wA] ).
E antes que alguém venha a me rotular como “defensor” do atual Presidente do Vasco, a quem me declarei como oposição às suas atitudes desde dezembro 2010 quando, na ocasião, perdi as esperanças de que o Vasco poderia voltar a ser gigante com Roberto na Presidência, devo-lhes lembrar que cabe uma análise sob duas óticas diferenciadas, de tal forma que ambos efeitos coexistem entre si, logo não permitindo-se excetuar a qualquer uma das duas. A INCOMPETÊNCIA e a COVARDIA da gestão Roberto comprovada em suas tomadas de decisões do desagrado da maior parcela da torcida vascaína ao longo do tempo não é absolvida perante as comprovações do poder decisório da arbitragem sempre a favor do adversário, mesmo com Eurico próximo a quem manda no futebol carioca.
Portanto, vale essa combinação de incompetência com arbitragens sob fortes suspeitas como justificativa para que o Vasco não ganhe absolutamente nada no Rio de Janeiro enquanto “Rubinho”, Rabello e Eurico como apoiador disso tudo estiverem ao leme dessa federação. E independe do Presidente vascaíno que for eleito, com exceção ao próprio Eurico quando, em caso de vitória na próxima eleição em São Januário, seus interesses pessoais voltariam a estar em concomitância com os do Vasco e, assim, talvez quem sabe o clube voltasse a vencer um campeonato carioca.
Fechando as cortinas
PARABENIZO a escola de samba Unidos da Tijuca pelo merecido título do carnaval carioca de 2014! Em especial, aos vascaínos Presidente Fernando Horta e o carnavalesco Paulo Barros, esse por sinal com a saída confirmada para a Mocidade Independente de Padre Miguel em 2015, restando-nos até lá a curiosidade de como irá se portar a escola mais vascaína do RJ sem ele e, possivelmente, sem Horta, caso queira se candidatar e seja eleito para presidir ao Vasco nos próximos três anos.
De qualquer forma, deixo como registro a reportagem abaixo, que mostra um pouco do porquê do sucesso da escola tijucana. Tal como explicado pelo seu próprio ex-carnavalesco, ela funciona como uma empresa durante o ano, com metas a cumprir dentro de um orçamento com inteira responsabilidade tanto nos gastos quanto na divisão de tarefas e cobrança por retorno em resultados, Escola profissionalizada com competência.
“Campeã do carnaval carioca funciona o ano todo como uma grande empresa” (Fonte:http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/videos/t/edicoes/v/campea-do-carnaval-carioca-funciona-o-ano-todo-como-uma-grande-empresa/3196143/ ).
Alguém teve em seu pensamento o Vasco como sendo dessa forma, algum dia e independente do Presidente que virá?
“Toques finais”
1º) Ainda sobre carnaval, foi lindo ver a Portela se resgatando depois de uma gestão desgastada, confusa e por que não, incompetente! O honroso terceiro lugar e a impressão positiva deixada já eleva a Águia campeoníssima para seu lugar, e com novos ares respirando, o título é questão de tempo somente, e não muito. Para o próximo ano, deixo como sugestão a reedição do enredo “Gosto que me enrosco”, vinte anos depois, na convicção de que, com o ar positivo da Portela hoje, desta vez virá com ele muito mais do que aquele vice-campeonato!
2º) Além dos “vícios” já citados, quase 90% dos jogos do certame carioca geram prejuízo aos clubes grandes. Nem o pior masoquista gosta tanto de sofrer…