Uma goleada de informação!

E chegamos à época de Copa do Mundo. Junto a ela, uma paralisação de
todas as atividades do futebol profissional, em termos de competição.
Paralisação essa, por sinal, muito bem vinda, em especial ao Vasco. Hora
de colocar a casa em ordem, com seriedade e trabalho, acima de tudo.

Se as eleições ainda não são agora – sobre isso, mais uma lástima da
gestão Roberto, ao aceitar o jogo político e postergar a marcação das
eleições com tantos assuntos a serem decididos por quem, de fato, vier a
assumir esse verdadeiro "pepino" que é a gestão do clube, por N motivos
variados – ao menos, temos tempo para reorganizar certas coisas non
futebol profissional. TODOS, absolutamente TODOS, sabem das carências
desse elenco do Vasco. Time com uma defesa que, quando completa, está na
média dos grandes clubes brasileiros, mas um meio-campo e um ataque
paupérrimos tecnicamente. Não à toa a defesa, mesmo com tantos entraves
nessa famigerada série B, ainda consiga ser a melhor da competição, e o
ataque tenha tanta dificuldade em criar chances de gol e finalizá-las.

De alguma maneira, o Vasco tem que correr atrás desses elementos
fundamentais para a qualificação desse plantel. Rodrigo Caetano é o
diretor-executivo, portanto, cabe-lhe essa incumbência. Dinheiro não há
em caixa, então, mais um motivo para "enxugar" esse elenco e manter
somente aqueles que, realmente, demonstraram que podem agregar em algo
sob o ponto de vista qualitativo.

Outros que já demonstraram que nada agregam, tais como Reginaldo, por
exemplo, e até mesmo os laterais excetuando Diego Renan, apesar de tudo,
devem ser dispensados ou repensados. Alguns jovens que demonstraram
estarem muito "verdes", ainda, tal como Yago merecem ser preservados
dessa grande responsabilidade de subirem o Vasco. Quem deve assumir essa
postura, dentro de campo, são os jogadores mais experientes e de maior
qualidade nesse plantel, tal como Martín Silva, Robrigo, Guiñazu,
Douglas e Edmílson, que compõem essa "espinha-dorsal".

Quanto ao mercado da bola, onde procurar esses elementos é a grande
questão. Talvez em algum clube da série A que tenha algum meio-campo ou
lateral que valha investir e que não estejam sendo utilizados. Ou, quem
sabe, até mesmo em clubes do interior paulista, em especial, ou até
mesmo no futebol latino, onde os salários pagos nos países vizinhos são
muito menos atrativos do que os pagos aqui no Brasil.

A decisão, no entanto, sobre quem pode chegar e quem pode sair recai,
antes, na definição acerca da permanência ou não de Adílson Batista como
treinador. Foram-se mais de seis meses de trabalho, e afora um padrão
de jogo demonstrado quando nas fases decisivas de outro certame
arrastado como foi no campeonato fla-carioca que Rubens Lopes, Capitão
Léo, Eurico Miranda e outros tanto defendem,  NADA mais viu-se de
evolução em um time que, além de limitado tecnicamente, é mal organizado
em campo. Mesmo na fase das quinze rodadas da Taça Guanabara, o Vasco
de Adílson Batista alternou entre os bons e os maus momentos. Alternou
em sua própria inconstância e inconsistência em suas convicções, hora
escalando ao time com três cabeças de área e três atacantes – sem
armador, hora o escalando com três cabeças de área, dois armadores e um
atacante, hora mudandon tudo e colocando um armador e três atacantes…

Enfim, o Vasco de Adílson Batista é tal com o homem que vai ao primeiro
encontro com sua pretendente ao romance, em que o mesmo homem sabe que
não é lá nenhum primor de beleza e, ainda assim, testa a sorte, indo ao
encontro sem tomar banho, sem desodorante, sem perfume e sem escovar os
dentes, E ainda trajando roupa de circular aos arredores de sua casa,
mesmo sabendo que o encontro será num restaurante, não de luxo, mas em
ambiente bem comportado.

Ainda que os números sejam favoráveis sob o cômputo geral, o que se
presencia em campo não condiz com os mesmos e nem passa a menor
segurança para vascaíno algum. A tirar a vitória de ontem, por um
placar, até certo ponto, mentiroso mesmo. Pois afora os dois gols, o que
se viu de resto (resto MESMO) foi MUITO preocupante. Ainda que
aceitemos que a famigerada série B não seja competição para se dar
espetáculo em campo, não se pode aceitar que um time seja tão pobre em
jogadas e sem padrão algum de jogo. Afora as, muitas das vezes, bizarras
escalações e as mais bizarras, ainda, substituições. A troca de Rafael
Silva, por exemplo, atacante que era O ÚNICO a tentar criar alguma coisa
no time por Dackson, meia de criação, mantendo os TRÊS cabeças-de-área
foi o ícone de sua incapacidade de enxergar o jogo. Sorte a nossa que
era o Boa Esporte, o time que mais perdeu na competição…

Por toda essa argumentação, creio que a troca de Adílson para que o
novo treinador pudesse trabalhar durante um mês, e aproveitando-se ao
máximo o tempo que teremos ao contrário de ano passado com Autuori e a
"greve branca" dos jogadores permitida por ele, seria o caminho mais
adequado. O que reforça o argumento contrário é o mesmo à procura de
reforços: são as poucas boas opções de treinadores nesse mercado da bola
paupérrimo em "Terra Brazilis". Mandar Adílson embora daria um alento,
além de uma satisfação, a todos nós. Mas quem de confiança assumiria
essa nau? Kleina? Jayme, que ainda por cima, chegaria estigmatizado ao
clube? Joel, como alguns chegaram a especular? Pela experiência com
elencos fracos, Kleina seria o mais indicado, mas de forma alguma
garantia de que algo de muito melhor fosse acontecer, além de gerar a
mais um passivo nas combalidaas finanças e sob a ótica de que pode-se
mudar, novamente, dependendo das eleições, em agosto.

De qualquer forma, a mudança deve ser JÁ! A decisão de mais de seis
meses de trabalho que restam  ainda esse ano DEVE SER AGORA. Cabe a quem
ficar fazer uma preparação bem séria após o recesso de doze dias que
terão (por mim, NÃO TERIAM de jeito algum), e um planejamento para que o
retorno se dê de forma tranquila e sem mais sustos.

Notícias da Corte

A cada dia, vejo o cenário político do Vasco mais nebuloso. Ao
contrário de clarear, parece que a "cortina de fumaça" que paira no ar
vai se intensificando ainda mais. Não se sabe quem, de fato, virá, mas
as opções até aqui que se apresentaram são, para mim, desanimadoras.

No atual contexto, não tenho dúvidas que a vitória de Eurico Miranda é
"pule de dez". E confesso-lhes que nem estou levando em consideração os
sócios que dizem ser "mensaleiros": pelo menos, umas dez pessoas ao meu
redor e que sei que paga ao Vasco, mensalmente, há anos já me disseram
que, dadas essas opções, vão de Eurico no pleito.

É muito importante que haja um grupo com projeto para apresentar ao
quadro de associados e à torcida, porém, um nome forte que encabece
sempre traz um respeito em especial, segundo a visão simplista da
maioria dos eleitores. Enquanto Fernando Horta – que hoje é o ÚNICO nome
forte capaz de causar impacto num embate eleitoral com Eurico – não se
decide e prega o mistério, Eurico vai avançando, e o modus operandi do
sistema todo conspirando ao seu favor.

Enquanto isso, são chapas sem candidato e sem muita razão de ser, no
momento, que são lançadas; outras que arriscam seus ideiais defendidos
ao se debruçarem sobre a possibilidade de apoiar algum nome que, no fim,
seria "mais do mesmo" para as pretensões da torcida; e outras que
insistem em candidaturas que só irão confundir ao associado e subtrair a
possibilidade de se eleger a alguém com mais "cara" de renovação, de
terceira via ao clube.

Em tempo: ao analisar o atual quadro político, as chances de renovação
aparentam ser remotas, e a indefinição só auxilia a quem já se definiu
faz tempo.

"Toques finais"

1º) Parabéns a Thalles, um dos destaques da seleção de júniores campeã
em Toulon. Uma pena que sabemos que, dificilmente, irá continuar por
muito mais tempo. É que as "torneiras" do desperdício no Vasco, ainda,
estão MUITO abertas, tal como a necessidade de pagar àqueles que estão
encostados e que ajudaram o clube a cair para a segunda divisão, ano
passado.

2º) Sobre uma dessas dívidas, fiquei “encucado” com uma notícia que li
no SuperVasco na última sexta-feira e em outras mídias vascaínas: como
Joel Santana pode entrar na Justiça contra o clube cuja gestão de sua
última passagem quando lá esteve “pagava a todos” e “devia nada”,
conforme seu ex-Presidente e hoje candidato a voltar costuma dizer
quando lhe é perguntado?! Estaria “Papai Joel” ficando “caduco,
confundindo as bolas” com outros clubes?! Estranho…

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