Um Vasco desrespeitado

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Vasco-Roberto-Dinamite

Amigos,

Outra derrota, para mais um time pequeno. Nesse campeonato carioca, pequenos venceram apenas quatro vezes os grandes, dessas quatro, três estão na conta do Gigante da Colina.

Outro fracasso desse faz o assunto no Vasco ficar cada vez mais repetitivo. A única diferença agora, é que o técnico Gaúcho foi demitido, o que era claro que aconteceria mais cedo ou mais tarde, mesmo com uma possível vitória contra o Nova Iguaçu. Jornalistas de plantão já começaram a atirar para tudo quanto é lado para ver quem acerta o próximo técnico vascaíno: Cristóvão, Bonamigo, Autuori, Renato Gaúcho, Dorival Jr., entre outros.

O assunto repetitivo trata-se do desrespeito de quem está lá dentro conduzindo o clube com a instituição e torcida. Desde Cristóvão Borges que o treinador não é o maior culpado. Dizer que o técnico é bom, fica a cargo de cada um, mas, de fato, com um time desses, não há treinador que faça milagres. Eu já dizia isso quando começamos a cair ainda na metade do Brasileirão de 2012. A opinião do jornalista Eugênio Leal, da Rádio Tupi, dita em seu twitter logo após o anúncio da saída de Gaúcho, reforça o que acabei de dizer e que estou de completo acordo: “Trocar o técnico de campo é mascarar os problemas, repetir erros, prolongar o sofrimento. Saída de Gaúcho é uma satisfação apenas.”. Essa é a melhor definição para o que o Vasco vive desde o ano passado.

Com a demissão de Gaúcho, René Simões usou um argumento para explicar mais esse momento tenebroso vivido no Vasco, que há um tempo estava esquecido no clube: “Os culpados são todos aqueles que criaram uma dívida enorme com o clube. Todos têm culpa, mas é absolutamente necessário mexer no comando técnico. Já conversei com o Gaúcho sobre isso. É difícil anunciar a demissão, mas não temos outra opção”.

René Simões também tem sua parcela de culpa nessa fase do Vasco, afinal foi ele quem montou o time atual, ao lado de Gaúcho e Ricardo Gomes. Mesmo que sem muitos recursos, foram os três, basicamente, que montaram esse elenco.  E sobre a dívida, que é culpa da administração anterior, esse assunto é completamente batido. Eurico Miranda tem culpa sim, porém, ela não pode mais ser justificativa toda vez que o clube fracassa, uma vez que a administração Dinamite assumiu desde 2008 e não é possível que em cinco anos o nosso presidente atual não tenha conseguido arrumar a casa ou pelo menos amenizar os prejuízos que são causados ao clube pelas dívidas, pelas penhoras.

O mais sensato que a diretoria atual deveria fazer através de seu presidente, seria reconhecer que fracassou desde 2008, jogar limpo com a torcida e com o clube, que merecem satisfação. Para este ano, Roberto Dinamite anunciou a profissionalização dos cargos administrativos do clube, após fracassos atrás de fracassos e viu que não tinha outro jeito se não profissionalizar. Só que pode ser tarde demais.

No entanto, acredito no trabalho que Cristiano Koëhler pode fazer, só que os resultados serão de médio a longo prazo. Até lá, iremos passar por momentos como este, de rancor, sofrimento, clube desacreditado, sem esperança por dias melhores e outros males mais. Para o momento, é difícil a classificação para a próxima fase da Taça Rio, torcer para os clubes pequenos se embolarem, a que fase chegamos.

Sobre um novo técnico, não quero apostar em ninguém. Só queremos um cara que tenha culhão para dirigir esse combalido Vasco e aceitar o desafio de tirar o time da foça, apanhando bastante até levantá-lo. Não tenho um nome de preferência, mas se Dorival Jr. aceitar esse desafio, ofereceria esse cargo a ele. Sabe como é o clube e já passou por um momento desses conosco, quando reconquistamos o acesso à elite do futebol brasileiro em 2008.

Por fim, o comodismo não pode continuar.

Lá no Vozes da Colina, vejam minha coluna sobre essa saída iminente de Dedé e deixe sua opinião: O adeus iminente de Dedé.

Saudações Vascaínas!

Marcelo Resende

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