Nascido no interior de São Paulo, Vinícius Bonotto Conrado, de 51 anos, abandonou o 9º período da faculdade de Direito para ser cantor. Seu primeiro grande hit foi Heloísa mexe a cadeira, em 1997. De lá para cá outros sucessos, tais como Uh! Tiazinha, Te encontrar de novo, Na gandaia, Eu vou pirar…
O dono da gravadora Vinny Planet também chegou cursar gastronomia e psicologia, mas formou-se mesmo em Filosofia, em 2012. Atualmente cursa mestrado em uma renomada universidade na Argentina. O garoto carioca suingue sangue bom, recebeu o WebVasco no Cinestudio, em Jacarepaguá/RJ, aonde sempre grava o Programa Estúdio Cabeça, do canal Music Box Brazil.
Simpático, gentil, inteligente, irreverente, boa praça e acima de tudo vascaíno, Vinny mostrou não só entender de música e filosofia, mas também de futebol.
Você acha que a torcida do Vasco da Gama precisa requebrar e sacodir a poeira no Campeonato Brasileiro de 2018?
Sim. Partindo do Estadual precisamos ter muita fé e apoiar o time. Ainda falta um reforço de peso.
O que você achou do novo uniforme, sendo a Diadora o fornecedor de material esportivo?
Reparei a falta de patrocínio. Eu particularmente gosto da camisa mais limpa, tipo a de 1998, que foi campeã da Libertadores.
Você acha que se o Alexandre Campello não fizer uma boa gestão o bicho vai pegar?
Eu acho que seja quem for o presidente do Cruzmaltino é preciso conhecimento, principalmente na área comercial, porque a marca é muito forte.
O Gigante da Colina passou muito tempo desacreditado, na sua opinião a equipe está novamente subindo a ladeira desportiva?
Na verdade estamos muito longe do que realmente o Vasco é. Das glórias de outrora. Nos acostumamos com pouco. Precisamos deixar os três rebaixamentos lá pra trás, e partir para as grandes conquistas como em um passado não tão distante assim. Espero que essa ladeira nos leve ao estrelato novamente.
O torcedor vascaíno gostaria de dizer para os títulos: te encontrar de novo?
Sim, como gostaria de encontrar de novo o Brasileiro. A postura do time tem de ser vitoriosa. Até, porque, o campeão brasileiro sempre é temido na Copa Libertadores.
Uh! Tiazinha foi um sucesso cheio de sensualidade, quem seria a atual “Tiazinha” vascaína, a musa do Caldeirão?
A Fernanda Abreu – que é gostosa pessoalmente – será sempre a musa vascaína. Ela é madura, linda e especial.
Mesmo tendo nascido em Sampa, sempre torceu para o Machão da Gama?
Nasci na cidade de Leme, mas vim para cá com um ano de idade. E como todo vascaíno também sou um pouco palmeirense.
Já pensou em fazer uma música para o Vasco?
Nunca pensei, pelo fato de mexer com a minha paixão (e de tantas outras). O fato de misturar razão e emoção algumas vezes complica.
Como foi o sofrimento com os três rebaixamentos?
Sofri igualmente em todos. O primeiro eu não acreditei, mas apoiei o time na Série B. Eu vinha da Região dos Lagos com a minha família, não aguentei, parei em uma lanchonete de estrada para acompanhar a partida e sofri muito ao término do jogo.
O que você espera para o Cruzmaltino nos três próximos anos?
Nesse exato momento temos uma equipe de média para ruim, tudo poderá mudar ao longo da temporada, mas a situação atual é essa. Se continuar assim será bem complicado ganhar alguma coisa. Temos um grande goleiro e com a saída do Nenê, que é inteligente perdemos mais ainda. Falta um goleador, um armador, bons laterais. Zagueiros experientes…
O clube mexeu mesmo a cadeira ou o Alexandre Campello é só um laranja do Eurico Miranda?
A comparação Lula e Dilma te responde? Sorriu. Mas independente disso o Campello poderá ouvir todas as correntes, mas seguir somente o que for melhor para o Vasco.
O que te fez um torcedor apaixonado?
Minha avó. Em São Paulo ela torcia para o Palmeiras, aí quando nos mudamos para o Rio, ela passou torcer para o Vasco (por essa irmandade). Já crescido conheci o Roberto Dinamite e o Zanata, que reforçou mais meu lado torcedor. Vale dizer, que todo o resto da minha família torcia para aquele time adversário que nem vou citar. Vou te contar uma coisa: Fui um dos poucos caras que fez gol no Mazarópi. Era um jogo de artistas. O gol foi contra, mas foi nele não é? (Disparou com muito bom humor).
Qual o melhor treinador do Gigante da Colina de todos os tempos? Por que?
Na minha opinião o Lopes (Antônio), por todos os títulos que ele conquistou no clube. Gosto de técnico mais tradicional, aquele que coloca para o plantel com rigor o que acredita ser o melhor.
A letra V, de Vinny, de Vasco, de Virtude, de Vencer, o que representa para você no futebol?
Vitória é a melhor definição. Quando eu era molequinho, morava no Turano, pegava aquelas fichas de ônibus branca e pintava a faixa diagonal preta para jogar futebol de botão no chão da rua. Desde pequeno faço a ligação das palavras Vasco e campeão.
Se não fosse torcedor do Vascão, para qual time torceria?
Palmeiras, pela ligação. É automático esse raciocínio.
FOTOGRAFIAS: BY LUIZ CARLOS ROCHA, COM COLABORAÇÃO DE NATALY MONTEIRO.