REPUDIAR A IGNORÂNCIA É PRECISO!
Tenho cada dia mais nojo da TV Esgoto, digo, TV Globo. Não entrarei no mérito de questões sociais ou políticas. Vou citar ética, matemática, regulamento, e, sobretudo, futebol. Isso mesmo, o referido esporte que a grande massa só conhece dentro das quatro linhas, e por total falta de preparo apenas repete o que o veículo de comunicação supracitado inventa!
Ora, é de público conhecimento que o Campeonato Brasileiro acontece desde 1971 (ano que nasci), tendo sagrado como vencedor o Atlético Mineiro. De lá para cá tantos outros clubes foram hercúleos. A maior competição do Brasil revelou inúmeros craques, tiveram jogos polêmicos, partidas interrompidas, e até mesmo decisões judiciais para julgar qual clube era detentor da versão 1987.
Porém, em 2010 a Confederação Brasileira de Futebol decidiu por uma alucinação insana de seus dirigentes equivaler a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, por entender que havia o mesmo peso. JAMAIS! Tanto que essas competições deixaram de existir. Com isso certos clubes contabilizaram algumas escrituras a mais em seus acervos. A Emissora do Jardim Botânico – aquela mesma que faz plim plim- como de costume, acha bonito incentivar tudo que vai na contramão da ética e da responsabilidade!
Com o isolamento social, devido a COVID-19, o único esporte profissional brasileiro teve de parar. A ideia de reprisar partidas antigas foi boa. Começaram com jogos da Seleção. Depois em suas praças vieram os jogos dos clubes regionais. Justo começar pela Flamengo aqui no Rio de Janeiro, pois é o clube de maior torcida. Anunciaram a partida da final da Libertadores contra o River Plate como bicampeonato do Rubro-Negro. E realmente foi (títulos em 1981 e 2019).
Depois veio o Vasco da Gama. Desde o ano 2000, época em que o então vice-presidente geral do clube, Eurico Miranda (já desencarnado), criando desnecessariamente atrito com a TV Globo, que o Cruzmaltino vem sendo perseguido por parte de seus jornalistas marrons. A chamada para a partida entre Vasco e Barcelona de Guaiaquil (Equador), em 1998, foi dada como campeonato e não bicampeonato, em relação a Copa Libertadores. Isto, porque, o Machão da Gama foi o primeiro carioca a vencer de forma invicta, em 1948 (Sul Americano, equiparado e reconhecido pela Confederação Sul-Americana de Futebol – CONMEBOL), e o feito de 1998 ano do centenário vascaíno! Quer dizer que cartolas da CBF despreparados, enlouquecidos e com intenção duvidosa podem equiparar títulos nacionais e distribuírem os mesmos sem qualquer critério, e no caso de um feito muito mais significativo como a Libertadores a CONMEBOL não têm autoridade para validar a denominação de 1948 conquistada pelo Vascão? Que absurdo!
Aí chegou a vez do Fluminense. Um clube patético, que chegou ao fundo do poço, em termos futebolísticos, frequentando a Série C, do Brasileirão, em 1999. Foi campeão da Terceirona não porque era o melhor time, mas sim por ser o menos pior. No ano seguinte, em 2000, era para disputar a Segunda Divisão da competição, mas em uma virada de mesa (nesse caso de punho, rsrsrs), em reunião do Clube dos 13, CBF e representantes dos principais clubes do país, no Hotel Guanabara, no RJ, ficou definido que aquele ano não aconteceria o Campeonato Brasileiro e sim a Copa João Havelange. Nada mais era o Brasileirão com outra roupagem, para poder incluir o Tricolor que não tinha competência para continuar galgando divisões por méritos próprios. Uma lástima!
Ficou acordado entre dama e cavalheiros, que qualquer que fossem as colocações (nem vou usar a nomenclatura posições para não citarem que persigo o FlorminenC) em 2001, o clube das Laranjocas voltaria para a Segunda Divisão a fim de ter seu curso normal de ascensão futebolística. O que não aconteceu. Deram chiliquinhos e foram ficando de penetras. Até que nos anos de 2010 e 2012 conquistaram o primeiro lugar. Não há de se computar o que é ilegal e principalmente IMORAL! Ademais, o título de 1970 não vale, pois, a competição começou um ano depois. Portanto, o Fluminense é campeão brasileiro com o único título de 1984 e mais nada!
Virá a vez do Botafogo, domingo que vem, e provavelmente será anunciado pela TV Venal como bicampeão brasileiro em alusão a 1968 e 1995. Pelas razões acima explicitadas, o Alvinegro é somente detentor de 1995. E um belo bairro na Cidade Maravilhosa.
É necessário salientar, que o pobre Brasil não faz questão dos seus filhos cultos, vide a massa aculturada torcendo para o time da Gávea. Muitos pobres, operários e negros, que desconhecem que na história do Vasco da Gama tiveram total apoio. Na Estória do “Framengu” são apenas números. Aponto também a falta de ética Tricolete não só de permanecer como penetra em uma competição tanto tempo, como também de querer comPUTAr título que não têm, pelo menos por direito.
A matemática é simples: Flamengo não é hexacampeão brasileiro, é bicampeão brasileiro e detentor de 6 títulos (1980, 1982, 1983, 1992, 2009 e 2019). Vasco da Gama não é tetracampeão brasileiro, é campeão somente, mas têm 4 títulos (1974, 1989, 1997 e 2000). Fluminense jamais foi tetracampeão brasileiro. Assim como o Cruzmaltino é apenas campeão, com a diferença de ter somente o título de 1984. O Botafogo também não é bicampeão. Apenas o título de 1995 lhe garante ser campeão do Brasileirão.
Para concluir: Por que a TV Globo incentiva Fluminense e Botafogo e mentirem para suas pequenas torcidas contabilizando títulos que não têm, e enquanto isso “retiram” cruelmente um título de Libertadores do Vasco da Gama? É preciso fazer um jornalismo imparcial. Sou jornalista, sou torcedor do Vasco, mas não disse que os títulos da Libertadores do Flamengo não valem. Claro que sim, e muito. Apenas o Flamengo não é bicampeão da competição Sul Americana, têm 2 títulos, o que é diferente gramaticalmente falando (neste caso escrevendo). O pior cego é aquele que não quer ver. O mais burro é aquele que está confortado com a posição de aculturado e não deseja aprender. Fica a dica.
Por Prof. Luiz Carlos Rocha
Graduado em Jornalismo e Direito
Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Direito Privado
Benemérito da Federação de Futebol do Rio de Janeiro / FERJ