ELAS & O PROFESSOR – GRAZI AMORIM

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ELAS & O PROFESSOR

POR LUIZ CARLOS ROCHA

A entrevista de abril de 2021, com Grazielle Silva Moreira de Amorim é dedicada à uma princesa muito especial e vascaína, que é o grande amor da minha vida, minha fonte de inspiração: Úrsulla Rocha.

GRAZI AMORIM, técnica em enfermagem, técnica em farmácia e acadêmica de enfermagem, trabalha em um hospital no RJ e outro em Niterói, 37 anos, noiva, mãe da Giovanna, (15 anos), moradora do bairro da Trindade /SG, apaixonada pela Região Oceânica e Zona Sul de Niterói, escorpiana, seu prato predileto é o camarão, mas não dispensa um bom e velho churrasco. A linda enfermeira também curte uma cervejinha (Becks, Heineken e  Stella Artois) e um delicioso whisky (Chivas Regal, Johnnie Walker, Jack Daniels, Grants e Ballantine’s). Pagode e MPB são estilos musicais presentes em sua vida. Sua Escola de Samba de coração é a Beija-Flor de Nilópolis. Nas horas vagas curte cantar em karaokê, frequentar bons restaurantes e passear com a filha e o noivo, mas não dispensa a Praia de Piratininga, em Nikiti.

O que você achou da volta do jogador Rômulo?

Achei bom, porque esse atleta é bem “coringa”, ele atua bem como meia ou volante, e as vezes até como zagueiro. Além de ter raízes com o clube.

Eliminado do Campeonato Carioca, e na Série B do Campeonato Brasileiro, a única competição de expressão para o Vasco da Gama agora é a Copa do Brasil?

Sem dúvidas.

Repatriar medalhões é a solução para a Cruzmaltino?

Não. Trazer de volta figurões do cenário desportivo não significa sucesso. Pode ser um ponto de partida, desde que aliado ao planejamento e conhecimento da Comissão Técnica.

A receita vascaína tem atrapalhado o planejamento financeiro, e consequentemente a montagem de uma boa equipe?

Claro. É preciso ter volume de caixa para montar um time de alto padrão. Não faço parte da gestão, mas pelo que vejo há pelo menos uns 20 anos o Vasco fecha o balanço anual em déficit, no que diz respeito a economia do clube.

Se Dener (Dener Augusto de Sousa) não tivesse desencarnado tão precocemente (aos 23 anos, em 1994) teria ele sido o maior ídolo do Vasco?

Depois do Roberto Dinamite sim. Aliás, o Cruzmaltino é um celeiro de craques. Mas o Dener era diferenciado. Tanto que especialistas do futebol o chamavam de Pelé da nova era.

Uma faixa com o nome ‘CT Moacyr Barbosa’ apareceu em São Januário, sendo que o nome é CT do Almirante. Seria uma justa homenagem ao goleiro?

Embora tenha sido o goleiro da Seleção Brasileira de 1950, que perdeu o título da Copa do Mundo, em pleno Maracanã, Barbosa (como era conhecido), foi um grande arqueiro, atuou no clube de 1945 a 1955 e anos mais tarde de 1958 a 1962. Conquistou muitos títulos, dentre eles o Campeonato Sul Americano invicto de 1948. Naquela época o time do Vasco era tão bom que era chamado de Expresso da Vitória. Ele foi infinitamente melhor do que o Júlio César, que também perdeu a chance de conquistar o título em casa, na Copa de 2014, quando levou 7 gols da Alemanha (7 a 1). No caso do Barbosa foi mais brando (Brasil 1 X 2 Uruguai). Tanto que passamos chamar o goleiro do pessoal da Gávea de Júlio Seven (numeral sete em inglês). Sorriu alfinetando o Povo do Gueto.

Talles Magno ainda é uma joia que precisa ser lapidada ou não tem mais jeito?

Lançaram o garoto no momento errado. Com isso o peso da responsabilidade atrapalhou o desenvolvimento dele dentro de campo. Se for feito um bom trabalho em cima do preparo mental acho que ele ainda dará muitas alegrias para nossa Imensa Torcida Bem Feliz.

O que você acha das Torcidas Organizadas?

Torcida organizada é alegria. Festa nas arquibancadas o tempo todo. É claro que há marginais infiltrados por ali, mas cabe aos bons integrantes localizar e excluir esses elementos.

Qual setor de São Januário está na UTI?

O Departamento de Futebol.

Atualmente assistir jogo do Gigante da Colina é pressão alta na certa?

Atualmente sim, infelizmente. Mas como tudo passa, tenho fé em Deus, que viveremos dias de glória, como no passado. O Vasco tem a história mais bonita do Brasil. Lutou contra preconceitos, conquistas memoráveis, fatos marcantes e é uma fábrica de ídolos.

Vascaíno fervoroso não é doente. Debilitado é quem torce para os outros times?

Em alusão a canção O Samba da Minha Terra, dos Novos Baianos, que diz: “Quem não gosta de samba, Bom sujeito não é, É ruim da cabeça, Ou doente do pé.” É mais ou menos assim. Quem não é Vasco é doente. Aliás, essa frase já dizia o saudoso Dicró (sambista).

Reza a lenda que você migrou seu coração da Gávea para São Januário. Isso procede? Por que?

Procede. Meu noivo é vascaíno. Ele não só entende muito de futebol, da parte tática e técnica, bem como sabe de gestão esportiva. Por amor mudei e não me arrependi. Sou Vascão.

FOTOGRAFIAS  BY LUIZ CARLOS ROCHA.

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