ELAS & O PROFESSOR – JADE

5 min read

ELAS & O PROFESSOR

POR LUIZ CARLOS ROCHA

A entrevista de novembro de 2022, com Jadira Peixoto de Almeida  é dedicada à uma vascaína muito especial, que além de linda, é a minha maior fonte de inspiração e motivação: Úrsulla Rocha, meu amor infinito, minha vida, meu mundo!

JADE, apelido que um ex-namorado colocou e ficou até hoje entre os amigos que conhecem essa vascaína, masna famíla ela é chamada de Dandinha. Segundo ela, o nome Jadira só usa para questões burocráticas. Formada em letras e psicologia, viúva, 49 anos, mãe do Yago, do signo de Peixes, moradora do bairro de Campo Grande/RJ. Nas horas vagas gosta de viajar, ir  praia, tomar uma cerveja  com os amigos, ler algum livro Kardecista. Sua Escola de Samba do coração é a Beija Flor de  Nilópolis. Na gastronomia gosta de massas, de todos os tipos e sabores.

O Vasco da Gama retornou a Série A, do Campeonato Brasileiro por sorte ou competência?

Acredito que um pouco dos dois. O Vasco teve um bom desempenho dentro de casa, conseguimos algumas invencibilidades, e a torcida cruzmaltina fez toda a diferença no que diz respeito ao mérito. Porém, acredito que a sorte também fez parte da nossa trajetória, principalmente na reta final onde precisávamos ter feito a nossa parte para chegar com mais tranquilidade na reta complementar do campeonato.

Você acredita que o trabalho da SAF começará a dar bons frutos em 2023 ou ainda será mais para frente?

Acho que podemos olhar com mais tranquilidade pro futuro. Creio que não será de uma hora para outra que iremos voltar a estar brigando por títulos, mas pela grandeza que o Vasco têm, pela história que têm no futebol e por se tratar de uma das maiores torcidas do mundo, acho que podemos nos encher de expectativas para os anos seguintes com esse novo modelo de gestão.

A torcida teme que o Cruzmaltino volte um dia para a Segunda  Divisão do Campeonato Brasileiro?

Devido aos anos anteriores, acredito que ainda vai demorar para nos esquecermos do temido rebaixamento. Tivemos 4 quedas na nossa história e permanecemos por 2 anos na última. Com o passar do tempo devido à expectativa que estamos com a SAF , talvez isso não nos preocupe mais. Contudo, pelo tempo em que ficamos na Segunda Divisão acho que isso ainda irá nos assombrar por um bom tempo, até pelo menos que consigamos nos firmar.

Você acha que o treinador Jorginho merece permanecer?

Sim, acredito que Jorginho deva ficar no Vasco devido à identificação que ele tem com a torcida Vascaína.

A Comissão Técnica vascaína merece a nossa confiança?

Merece sim, afinal, foi essencial para o nosso retorno à Primeira Divisão.

O papel de um grande técnico inclui também ser um pouco psicólogo?

Eu não diria exatamente um “pouco psicólogo”, até porque, todo grande time como Vasco, tem em seu Staff um suporte em várias áreas como: fisioterapia, medicina, psicologia entre outras. Porém, eu citarei aqui uma frase de Carl Jung, fundador da psicologia analítica, para responder essa pergunta: “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”. Na minha visão, um grande técnico tem que ter “feeling”, para que mesmo conhecendo todas as técnicas e teorias, saiba que está lidando com sua equipe, seus jogadores, superiores, sua torcida e todos são almas humanas assim como ele também é.

O Gigante da Colina precisa buscar um treinador internacional, ou há algum brasileiro dígno de comandar a equipe?

Caso o Jorginho não continue, acho válido buscar nomes estrangeiros para assumir o Vasco. Os treinadores brasileiros dessa nova geração, ao meu ver, ainda estão em evolução para chegar em um nível como chegaram grandes nomes como Felipão, Telê Santana, Emerson Leão e outros treinadores de grande importância na história do futebol. Entretanto, no momento em que o Vasco está, acho válido explorar o mercado exterior em busca de um bom treinador.

Com o retorno para a Elite do Futebol, o Vasco atrairá novos investidores?

Creio que sim, se tratando de uma das maiores torcidas deste país e com um novo modelo de gestão, o Vasco pode ser atrativo para possíveis novos investidores. Não deve ser um desafio tão grande para a gestão vascaína conseguir.

Em quanto tempo (anos ou meses) o Vascão estará novamente entre os melhores times do Brasil?

Dentro de dois anos acho que o Vasco vai estar nesse nível,  em 2023  acredito que os investidores irão colocar a casa em ordem e no ano seguinte estaremos com expectativas maiores para o clube.

Qual ídolo você gostaria de ver vestindo a camisa do Vasco na próxima temporada (considerando a realidade do clube)?

Paulinho do Bayer Leverkusen. Nosso cria, tem tido poucas oportunidades no exterior e acredito que, por ainda ser jovem e promissor, já com uma certa experiência na europa e com um ouro olímpico, agregaria muito ao Vasco nessa fase de transição.

Você acha que o Cruzmaltino têm a história futebolística mais bonita do país?

Com toda certeza! Nessa época de diversidade em que vivemos, tendo a luta contra o racismo como carro chefe dessa busca por igualdades, ser um time que foi o primeiro a aceitar jogadores negros e usar a “Resposta Histórica” em sua defesa, ter um estádio construído com seus próprios recursos por amor mesmo,  ser o time que recebeu o primeiro título de Campeão Carioca no ano de inauguração do Maracanã, ser história com o famoso Expresso da Vitória,  que na época foi a base da seleção brasileira entre 1944 e 1953 , ter título de time da virada no ano de 2000 na virada do século devido a revira-volta na partida de 3 a 0 para 4 a 3,  ter o rei do futebol Pelé aos 16 anos jogando com a camisa cruzmaltina e entre outros exemplos… São tantos fatos bonitos, emocionantes e acontecimentos históricos que tornam certamente o Vasco como o time que tem a história mais bonita do nosso país!

Quem jamais poderá vestir o manto sagrado vascaíno?

Essa pergunta, para mim, tem um toque pessoal. Sempre que fui confrontada por amigos que torciam por times adversários, justamente pela história do Vasco, pelo amor da torcida, eu sempre disse que o Vasco estava em outro patamar. Até que um dia, o jogador Bruno Henrique usou o termo que eu uso enaltecendo minha Cruz de Malta e isso me incomodou profundamente. Eu não admitiria nunca ele usar o manto sagrado vascaíno, nunca!

FOTOGRAFIAS  FORNECIDAS PELO ARQUIVO PESSOAL DA ENTREVISTADA.

Copyright © Todos os direitos reservados. | Newsphere by AF themes.